Heitor: livres à madeirense
Se José Barroso foi o melhor destro a marcar livres nos últimos 20 anos, Heitor foi seguramente o nosso esquerdino mais hábil. O leitor pode estar a lembrar-se dos brasileiros Branco e André Cruz, ou mesmo de Paulo Torres, Schwarz, Balakov ou Óscar Cardozo, mas Heitor estava num nível superior. Internacional sub-20, este brasileiro brilhou na Madeira, primeiro no Nacional e depois no Marítimo e julgamos que seria capaz de rematar da Choupana e colocar a bola no ângulo de uma baliza dos Barreiros. A frequência com que fazia proezas deste género era arrepiante e deixava-nos sempre a pensar como é que um jogador assim mediano poderia apresentar um dom específico tão fabuloso. Se no futebol as substituições fossem como no andebol, em que um jogador pode entrar apenas para cobrar um livre de sete metros, Heitor teria com certeza chegado a um Real Madrid ou a um Manchester United.